A Minerva Foods, de carnes, criou um fundo emergencial para apoiar seus clientes durante a crise causada pelo novo coronavírus
Para tentar minimizar o impacto da crise causada pela pandemia de coronavírus nas pequenas e médias empresas que estão em seu ecossistema, a Minerva Foods decidiu criar um fundo emergencial de 32 milhões de reais. A companhia brasileira irá disponibilizar até 30.000 reais em crédito na primeira fase do projeto para uma parcela dos seus mais de 60.000 clientes no Brasil.
“Acompanhamos bem de perto as medidas do governo para destravar o crédito, mas muitos clientes afirmaram que o dinheiro não estava chegando. Para dar uma injeção de capital de giro a essas empresas, decidimos estruturar o fundo”, diz Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva Foods.
Na primeira fase, de acordo com o diretor, a ideia é disponibilizar o crédito a 1.200 clientes pré-selecionados na base da companhia. As empresas foram escolhidas com base no seu porte e relacionamento com a Minerva. Todas já receberam um e-mail informando que têm direito ao crédito e precisam demonstrar interesse em até uma semana. Após o cadastro e envio de documentos, o dinheiro será depositado na conta indicada pelos empreendedores.
Se nem toda a verba for utilizada na primeira etapa, a Minerva irá disponibilizar o restante para outros 800 clientes. “Acredito que pelo menos 70% do fundo seja disponibilizado nesta primeira rodada”, diz Ticle.
Os recursos para a linha serão provenientes da própria empresa, que registrou lucro de 271 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano. Os clientes que tomarem o empréstimo terão prazo de até 24 meses para pagamento, com carência de um ano e juros de 0,4% ao mês.
Segundo Ticle, os empreendedores terão liberdade para usar o capital para a manutenção dos negócios conforme a necessidade particular de cada um. Todo o processo de contratação será digital, em um aplicativo da Minerva que funciona para iOS e Android.
A operação é feita em parceria com o banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), que estruturou o Fundo de Investimentos em Direito Creditório (FDIC) pelo qual a Companhia viabilizará o apoio aos pequenos e médios negócios.
“Responsabilidade social é um pilar do BTG Pactual e quando o Edison nos trouxe este projeto percebemos a oportunidade de contribuir com expertise e inovação para uma causa nobre”, afirma Luiz Simões Lopes, sócio do BTG Pactual.
Fonte: Exame – PME