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I Beef Day: APTA recebe mil pessoas para detalhar Boi 7.7.7

I Beef Day: APTA recebe mil pessoas para detalhar Boi 7.7.7

02/09/2016

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Evento promovido no Polo Regional de Colina, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), mostra como valorizar a cria com nutrição e bom planejamento na recria.

Pecuaristas e profissionais de todo o País participaram nesta quinta-feira, dia 18, do “I BeefDay – Ciência a Favor do Campo”, evento que discutiu o conceito de produção do Boi 7.7.7, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Polo Regional de Colina, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Foi um dia de palestras sobre o sistema e atividades práticas em sete dinâmicas de campo. O sistema desenvolvido pela APTA reduz em 30% o tempo para criar gado de vinte e uma arrobas, proporcionando melhor lucro ao produtor e melhorando a qualidade da carne para o consumidor. Uma estratégia que vem ganhando o país, sendo adotada atualmente em fazendas de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia, as principais regiões produtoras de gado de corte nacional. O objetivo central do método de trabalho é que o animal ganhe sete arrobas na cria, sete na recria e outros sete na terminação, totalizando vinte e uma arrobas em dois anos, até o momento do abate. No sistema tradicional médio da pecuária brasileira, são necessários no mínimo três anos para o animal atingir dezoito arrobas. Além da produção precoce, a tecnologia pode aumentar em 30% os lucros dos pecuaristas.

A abertura do I Beef Day coube ao pesquisador e diretor do Polo de Colina Flávio Dutra de Resende, que relatou como nasceu o trabalho do Boi 7.7.7 e a relação do experimento com os erros mais comuns cometidos pelos pecuaristas de corte no momento de trabalhar a cria que acabaram de fazer ou comprar. “Normalmente, o produtor coloca o animal a pasto e completa com alimentação mineral. Ou então resolve fazer uma complementação mais pesada no período seco, mas depois não dá as condições necessárias para o ganho de peso do animal na fase seguinte. O sistema 7.7.7 deixa claro como é necessário calibrar bem, planejar e executar com precisão a estratégia, sempre de acordo com o desenho do negócio do pecuarista. E é uma tecnologia que pode ser usada por pequenos, médios e grandes produtores”, explicou Flávio Resende. Fator reforçado pelo pesquisador da APTA, Gustavo Rezende Siqueira, que comandou um dos sete módulos do Beef Day. “Neste sistema, o animal precisa ganhar no mínimo 875 gramas por dia para que esta meta seja alcançada. E o pasto é um sistema de maior facilidade para o produtor, diferentemente do confinamento, mais usado por grandes produtores”, reforçou.

O Beef Day proporcionou sete dinâmicas de campo, propostas por pesquisadores parceiros da APTA, cada uma com um tema. “Gestão de risco na produção do Boi 777”, com Maurício Palma Nogueira, Diretor Técnico da Agroconsult e parceiro da APTA – Colina na divulgação de análises econômicas de sistemas de produção. “Vaca boa é vaca prenha”, com Rogério Fonseca Guimarães Peres, Diretor de Pecuária da Agropecuária Fazenda Brasil e parceiro da APTA-Colina nos projetos de sistema de cria. “A carcaça do Boi 7.7.7 começa na barriga da vaca”, com o professor Márcio Machado Ladeira, da Universidade Federal de Lavras, parceiro da APTA-Colina no desenvolvimento de pesquisas na área de programação fetal. “Programação da recria do Boi 7.7.7 – O erro mais comum”, com o professor Flávio Dutra de Resende, que também é professor do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (UNESP – Jaboticabal). “Estratégias para terminação do Boi 7.7.7 a pasto”, com o professor Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador da APTA – Colina e professor do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da UNESP-Jaboticabal.  “Seu boi está pronto para ser enviado para o frigorífico”? com Aline Domingues Moreira e Rodolfo Maciel Fernandes, ambos doutorandos em Zootecnia pela Unesp – Jaboticabal | APTA-Colina. E “O que mudou na minha fazenda ao produzir o Boi 7.7.7”, com Alaor Ávila Filho, executivo da Fazenda Panorâmica, no Turvo (GO). Após cada palestra, representantes das empresas patrocinadoras do Dia falaram sobre os produtos e serviços que podem ser adquiridos pelos pecuaristas para introduzir novas tecnologias no sistema produtivo. Os parceiros também estavam presentes com estandes. “Acreditamos tanto no conceito que desenvolvemos um programa de extensão, chamado @+ Lucrativa, onde oferecemos suporte técnico e adiantamento dos recursos necessários para a aquisição de suplementos ou da ração para a recria-engorda dos animais. Com apoio da Apta”, afirmou Fabiano Tito Rosa, gerente-executivo de compra de gado da Minerva Foods, que incentiva a produção de machos com 18 arrobas para acima, 30 meses para abaixo e cobertura mediana de gordura.

O sistema produtivo do 7-7-7 utiliza animais inteiros, mas com boa gordura de cobertura, o que ajuda os matadouros na conservação e proteção da carcaça durante a refrigeração. Outros benefícios são a melhor qualidade, sabor, maciez e cor, conseguidas graças à redução no tempo de produção. “Este trabalho mostra a importância da pesquisa científica para o aumento da produtividade no campo. Tecnologias como essa melhoram a renda do produtor rural, a qualidade do produto para o consumidor e fomenta toda a cadeia de produção”, afirmou o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim. “Este trabalho mostra a importância da pesquisa científica para o aumento da produtividade no campo. Tecnologias como essa melhoram a renda do produtor rural, a qualidade do produto para o consumidor e fomenta toda a cadeia de produção”, afirma. “A Pecuária necessita produzir de olho na qualidade exigida pelo mercado, sanidade dos rebanhos, viabilidade econômica e minimizando os impactos ao ambiente. Nesse cenário, a tecnologia atende a todos os quesitos. É uma grande contribuição da APTA a um setor altamente relevante para a economia nacional”, avaliou Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência.

Um almoço solidário ainda arrecadou fundos para instituições beneficentes do município de Colina. A doação foi voluntária e o valor definido por cada um dos voluntários.A Revista Beef foi um dos apoiadores do I Beef Day da Apta Colina.

Fonte: Revista Beef