Maior diversificação da plataforma no continente garantiu esta conquista
A Minerva Foods (Barretos/SP) anuncia os resultados referentes ao quarto trimestre de 2017 (4T17) e ao ano de 2017. Entre os destaques, está a conquista de 22% das exportações da América Latina nos últimos cinco meses de 2017. Esse fato transforma a companhia na maior exportadora de carne bovina do continente.
Para a empresa, a diversificação geográfica alcançada pela aquisição das unidades no Mercosul a possibilitou arbitrar seu modelo de produção e se tornar ainda mais resiliente às sazonalidades e às volatilidades do mercado. Neste cenário, o desafio da integração destas novas unidades, que permitiram um aumento de 50% da capacidade de abate, segue em estágio avançado e atende ao seu plano de negócios.
Com relação a isso, inclusive, já é possível perceber maior participação destas plantas no resultado e o surgimento de novas oportunidades comerciais, atendidas pelos canais de distribuição, tradings e escritórios internacionais da empresa. A Minerva cita como exemplos o aumento do volume das exportações do Paraguai (a companhia atingiu participação de mercado acima de 40%); a liderança em receita nas exportações da Argentina quando atingiu 15% de participação de mercado no segundo semestre de 2017; e a alta de 7% do volume de produtos processados da marca Swift provenientes da Argentina no segundo semestre do ano sobre igual período de 2016, sendo que a participação de mercado de hambúrgueres atingiu mais de 30%.
Além destas ações, a empresa salienta a implantação do “Modelo Minerva” como parte ativa do sucesso da integração das novas plantas no Mercosul. O projeto envolve o emprego de programas de eficiências operacional e comercial e também de padronização de processos, embasados nos pilares de gestão de risco que a companhia tem praticado ao longo dos últimos anos em suas unidades de negócio. “O avanço desta etapa permite à Minerva projetar maiores ganhos de sinergia e das suas vantagens competitivas, especialmente em um período de oferta mundial restrita de carne e demanda em contínua elevação”, divulga a companhia.
Balanço do quarto trimestre de 2017. A receita líquida da companhia no 4T17 cresceu 55,1% sobre o 4T16, número considerado um recorde histórico para o período de um trimestre, totalizando R$ 3,96 bilhões. No acumulado do ano, a companhia destaca que sua receita líquida foi de R$ 12,1 bilhões (26,5% acima de 2016); consideradas as receitas proforma das unidades adquiridas no Mercosul em 1º de agosto de 2017, a receita líquida do ano atingiu R$ 14 bilhões, em linha com a perspectiva da empresa para os 12 meses a partir de julho de 2017, no intervalo de R$ 13 bilhões a R$ 14,4 bilhões. O Ebitda do quarto trimestre do ano passado foi de R$ 363,4 milhões (também um recorde histórico; 45,4% superior ao mesmo período de 2016), com margem de 9,2%. O índice proforma no ano, considerando os ativos adquiridos, atingiu R$ 1,26 bilhão, com margem de 9%.
A Minerva informa ainda a conclusão, em dezembro, da emissão no mercado internacional de US$ 500 milhões em notas com vencimento em 2028 e juros anuais de 5,875% com objetivo de alongamento do perfil e redução do custo da dívida consolidada pela troca das Notas 2023, com juros anuais de 7,750%. O consumo de capital de giro seguiu em linha com o crescimento sequencial da receita, resultado da integração das novas unidades, sendo que o ciclo de conversão de caixa se manteve estável em comparação aos últimos trimestres, ao redor de 28 dias, o que demonstra a eficiência no processo de integração.
Palavra do presidente. O líder da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destaca a aquisição das novas unidades no Mercosul como um dos grandes momentos do ano, ao citar o aumento de 50% da capacidade de abate e a ampliação do eixo de produção para outros países da América do Sul como fatores importantes para a companhia assumir a liderança na exportação de carne bovina no continente.
Neste processo, ele destaca também que após a conclusão desta aquisição, as operações brasileiras da Minera passaram a representar 45% da capacidade total da companhia, enquanto 21% estão no Paraguai, 19% na Argentina, 12% no Uruguai e 3% na Colômbia. “Com isso, podemos afirmar que, atualmente, somos uma empresa sul-americana, com mais da metade da nossa capacidade produtiva localizada fora do Brasil, e que possuímos um dos parques industriais mais modernos e diversificados da região, com os melhores indicadores operacionais do setor”, pontua Queiroz.
Com relação ao mercado externo para este ano, o dirigente espera um crescimento expressivo da participação sul-americana no mercado mundial pela maior penetração em mercados já atendidos, pela abertura de novos mercados, como Indonésia, e pela reabertura dos Estados Unidos para a carne brasileira e abertura do Japão para a carne do Uruguai.
Nos mercados domésticos da região, o executivo observa recente crescimento no consumo de carne bovina no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Colômbia, em linha com a perspectiva de melhorias macroeconômicas destes países. Neste cenário, ele informa que a Minerva continuará a centrar seus esforços em executar o seu plano de negócios, que prevê maior penetração comercial nos mercados internos e externos, maior diversificação geográfica na venda de produtos próprios e de terceiros, contínuo aperfeiçoamento dos programas de eficiências operacional e comercial e gestão eficiente de riscos, fundamentada no processo de desalavancagem financeira e na geração de retorno consistente em longo prazo.
Fonte: A.I., adaptado pela equipe feed&food.