As metas internacionais de descarbonização compreendem programas de governos alinhados aos compromissos assumidos por ocasião da assinatura do Acordo de Paris com vistas a reduzir os efeitos do aquecimento global. Para atingir esses compromissos, cada país precisa especificar quais setores econômicos são relevantes e contribuirão mais para que as metas sejam atingidas. As empresas pertencentes a esses setores serão diretamente afetadas, seja por legislação para taxação de carbono seja por outros tipos de programas governamentais. As demais organizações – que não pertencem a esses setores – não podem se eximir de atuarem por suas próprias iniciativas, o que atende não só às demandas da sociedade e dos investidores como ainda à inadiável necessidade de se posicionar em destaque sob o novo olhar do mercado, que cada vez mais atribui valor às empresas compromissadas com a agenda ESG. Ainda no âmbito do Acordo de Paris, novos incentivos estão sendo discutidos para estimular as reduções adicionais, criando benefícios para que todas as empresas se engajem com essa agenda.
Ciente dessa realidade e alinhada aos anseios globais das organizações em relação a agenda climática a Waycarbon, empresa criada em 2006 com o objetivo de catalisar a transição para a economia de baixo carbono, aprimora constantemente seus recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, para ajudar as maiores empresas brasileiras de capital aberto a construírem seus roadmaps de atuação de acordo com as práticas cientificamente recomendadas.
Um dos principais produtos ofertados ao mercado é o Climas, software de gestão ESG, que possui módulos específicos como gestão das emissões de GEE, resíduos, água, energia e outros indicadores sociais e de governança, além dos módulos de relato pré-configurados para diferentes frameworks, como GRI e DJSI.
Entre as áreas de atuação das organizações usuárias do Climas destacamos telecomunicações, energia, serviços financeiros, construção civil, mobilidade, varejo, alimentícia, saúde, química e governamental. Somadas, essas empresas representam uma receita bruta anual de cerca de 95 bilhões de dólares, conforme balanço do exercício fiscal de 2020, dos quais 66% provêm de empresas de capital aberto, 26% de empresas de capital fechado e o restante 8% de filiais brasileiras de multinacionais estrangeiras. Apuração realizada em agosto de 2021 mostra que o valor de mercado dessas companhias alcança 175 bilhões de dólares.
A relação de clientes do Climas abrange indústrias de diversos setores como pode ser visto na figura 1, incluindo nomes como Alpargatas (calçados), Arcelor Mittal (mineração e metalurgia), Banco BV (banco), Cemig (energia), Cielo (serviços financeiros), Comgas (energia), CPFL (energia), Dexco (manufatura), EcoRodovias (infraestrutura), Elera (energia), Enauta (energia), Gerdau (siderurgia), Grupo Pão de Açúcar (varejo de alimentos), Grupo Notredame Intermédica (saúde), Grupo Soma (varejo de moda), Ipiranga (distribuição de combustíveis), Localiza (aluguel de veículos), Magalu (varejo de eletroeletrônicos), Minerva Foods (alimentos), MRV (construção civil), Odontoprev (saúde), Taesa (energia), Tegra (construção civil) e Unidas (aluguel de veículos).
A implementação de estratégia climática ou a implementação de estratégia de gestão ESG é facilitada pelo Climas, software que coleta informações e faz a gestão de indicadores de sustentabilidade para orientar a tomada de decisões, garantir visibilidade e assegurar controle e segurança para as ações estratégicas. O Climas é um software de gestão único, que permite a completa gestão de diferentes aspectos relacionados ao ESG, como por exemplo calcular o inventário de emissões de GEE e acompanhar a evolução temporal de indicadores associados à matriz de materialidade das organizações e aos respectivos indicadores do Global Reports Initiative (GRI).
O avanço da sustentabilidade empresarial, conforme se observa no mercado, esbarra na mensuração e análise de resultados de impacto social e ambiental com claros reflexos na governança corporativa, de relevância ainda mais acentuada nas organizações listadas nas bolsas de valores. A responsabilidade sobre os diversos temas abarcados pela sigla ESG, que está na ordem do dia nas grandes companhias de capital aberto, tem no Climas um poderoso aliado, pois ele vem solucionar essas limitações de forma clara e transparente, uma vez que contempla módulos específicos para atender não apenas os temas materiais de cada organização como também aos programas de relato e questionários de diferentes agentes de mercado, como agências de rating e bancos. Nele se obtém reporte de dados e controle mensal de indicadores de sustentabilidade (emissões de GEE, energia, água e resíduos), compartilhamento de responsabilidades para o preenchimento de formulários de programas de relatórios (ISE, CDP, GHG Protocol, Dow Jones, GRI) e acompanhamento dos planos de ação definidos.
De forma similar ao DJSI (Dow Jones Sustainability Index), o conjunto de ações para tornar as operações da empresa ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis, com ganhos para a sociedade e atribuição de valor aos seus produtos ou serviços, também conhecido como Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), surgiu no Brasil como ferramenta para acompanhar e incentivar a postura sustentável das companhias e torná-las atrativas ao investimento. Das 39 empresas com essa classificação listadas na bolsa de valores de São Paulo na carteira de 2021, 31% são usuárias do Climas.
Seguem alguns exemplos de como os clientes da WayCarbon têm utilizado o sistema de gestão ESG como estratégia de evolução do modelo de negócios:
Há sete anos usuária do Climas e listada na ISE desde 2017, a construtora MRV tem mais de 40% do mercado brasileiro de construção civil e trabalha com mais de cinco mil parâmetros para controlar diversos indicadores relacionados aos escopos 1, 2 e 3, compreendendo obras, resíduos, viagens e emissões de GEE. O Climas auxilia a empresa – que tem a gestão total de ESG integrada ao SAP – a dimensionar a cada nota fiscal as emissões de cada categoria de serviço relativamente aos recursos envolvidos, o que possibilita uma análise mensal de cada obra e o uso desses dados como vantagem competitiva.
Os dados ficam disponíveis para atualização on-line, o que permite à MRV atender de imediato às demandas de questionários fundamentais para participar de premiações ou obtenção de certificados (ISE e selo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal), prestação de contas (Pacto de Mudanças Climáticas com o Governo do Estado de São Paulo) e renovação de contratos, principalmente do mercado financeiro, com média de 20 pedidos mensais de informações acerca de diferentes aspectos da sustentabilidade da organização.
A melhor gestão de suas emissões permitiu que a MRV fosse uma das principais empresas do setor de construção civil do mundo a assumir metas de descarbonização de acordo com a metodologia estabelecida pelo Science Based Targets Initiative (SBTi).
Com operações no Brasil, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Argentina para produção e comercialização de carne in natura, couro e processamento de proteína animal em 26 unidades industriais, a Minerva Foods lidera as exportações para a América Latina e vende seus produtos para mais de 100 países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), no Oriente Médio, do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) e da União Europeia. Usuária do Climas desde 2017, a Minerva Foods contabiliza importantes conquistas em sua agenda ESG. Publicou seu primeiro Relatório de Sustentabilidade em 2011 e em apenas cinco anos de realização do inventário de emissões de GEE – o primeiro foi em 2015 – a empresa já recebeu duas vezes o selo de prata do GHG Protocol Brasil, por contabilizar todas as emissões de suas operações.
Aos 28 anos, listada no novo mercado da B3, onde passou a integrar o Índice de Carbono Eficiente (ICO2), a Minerva Foods usa o Climas para quantificar a emissões de GEE e obter o resultado da análise em tempo real, o que lhe possibilita responder rapidamente às demandas por informação de clientes nacionais e internacionais, fundos de investimentos, programas de compliance e relações com investidores, entre outros. Com o Climas, a coleta de dados é feita em todas as unidades e seu gerenciamento automatizado contempla cada tipo de tratamento de efluentes utilizados nas operações (escopo 1) e auxilia na tomada de decisões cada vez mais assertivas, ágeis e transparentes.
Recém-chegada ao mercado de capital aberto – seu IPO na bolsa de valores ocorreu em 2020 –, depois de 50 anos de atuação no segmento de moradias, a Mitre contratou a WayCarbon para auxiliá-la na ampliação da vantagem competitiva frente ao seu maior desafio nesse novo mercado: consolidar o ESG como prática cotidiana. Diagnóstico, construção da matriz de materialidade da sustentabilidade, inventário de emissões de gases do efeito estufa, definição dos indicadores, plano de ação e relatório de sustentabilidade 2021 – a ser publicado em 2022 – estão contemplados no projeto estruturante de ESG entregue à Mitre, em que o Climas se integra ao ERP da companhia e aflora diversas possibilidades, como definição de indicadores precisos e coleta de dados capazes de gerar impactos positivos tanto para a cultura organizacional da empresa quanto para o seu mercado, com reflexos na sociedade.
A substituição em 2020 de um sistema de planilhas preenchidas manualmente e trocadas por e-mails entre as diversas áreas de sete regionais por uma ferramenta de automatização das rotinas de coleta de dados simplificou a finalização do relatório de emissões de GEE da Elera. Mais do que aliviar o estresse devido à complexidade e o longo tempo dispendido na realização das tarefas, somados à falta de acuracidade, o Climas trouxe ainda o padrão GHG Protocol para o inventário, o que a equipe interna não conseguia com as planilhas desenvolvidas no Canadá e adotadas em 2017. Companhia canadense com mais de um século atuando no mercado de energia e presente em 30 países, a Elera tem como core business de suas atividades o compromisso ambiental e sentia crescer a demanda por uma ferramenta que viesse facilitar sua gestão de ESG.
Com a aposentadoria das planilhas manuais, a Elera contabiliza os ganhos, pois passou a incorporar a análise de emissões de GEE aos processos de fusões e aquisições, com tradução automática para os idiomas inglês e espanhol, o que os gestores entendem como estratégico para o crescimento da organização. Entre as expectativas da Elera para o futuro está ser reconhecida como referência no projeto de inventário de GEE em seu segmento, com a cobertura de todas as partes do processo (escopos 1, 2 e 3), experiência que certamente será compartilhada para ajudar outras plataformas do grupo.
Fonte: Blog Waycarbon