História da pecuária brasileira
O mercado brasileiro de carne bovina possuía um cenário bem distinto do que estamos acostumados quando paramos para observar cerca de quatro décadas atrás. O rebanho bovino nem se aproximava dos números atuais e a maneira de produzir era arcaica.
Era necessário importar para abastecer o mercado interno, questões sanitárias dificultavam a exportação, pastagens degradadas assinalavam a paisagem das fazendas e a produtividade era baixa.
Era necessário importar para abastecer o mercado interno, questões sanitárias dificultavam a exportação, pastagens degradadas assinalavam a paisagem das fazendas e a produtividade era baixa.
Desde então, a pecuária bovina sofreu uma revolução moderna, apoiada por avanços tecnológicos e organização da cadeia. O rebanho mais que dobrou, 224,6 milhões de cabeças (IBGE), enquanto a área com pastagens pouco avançou.
Nos dias que correm, a atividade pecuária brasileira se tornou referência mundial em produção e exportação de carne bovina. A intensificação da produção, atrelada à ascensão do agro digital, tem posicionado o país entre os melhores, não apenas em produtividade, mas em como produzir com qualidade.
Pecuária intensiva
A pecuária moderna, famigerada “pecuária intensiva”, tem como propósito impulsionar a produtividade, implantando instrumentos tecnológicos e sustentáveis.
A ideia é proporcionar ao campo assistência técnica habilitada, boas práticas de manejo, nutrição e aprimoramento genético com foco na eficiência produtiva dos bovinos.
A revolução tecnológica no campo já está em progresso conectando todos os elos da cadeia produtiva que atuam “dentro e fora da porteira”. Sua prática está em todas as fases da produção, aprimorando desde as práticas de manuseio, até o refinamento do produto que chega ao consumidor.
A intensificação permite produzir mais em menor área, além de demandar menos mão de obra. Ademais, a conectividade possibilita que a administração seja desempenhada de perto, facilitando na tomada de decisão, se prevenindo das adversidades atadas ao processo produtivo.
Práticas de intensificação
O crescente mercado de carne premium no país, somado às exigências do consumidor estrangeiro, elevou a demanda por bovinos mais jovens e com acabamento de carcaça de alta qualidade, incentivando a adoção de boas práticas de manejo.
Desde o nascimento até a desmama, a atividade de cria compreende a fase da vida do bezerro onde expõe sua melhor taxa de ganho de peso, atingindo, próximo de oito meses, cerca de 30% do peso ao abate.
Posto isto, intensificar na fase de cria (creep feeding) possibilita o desmame precoce, além de adaptar o bezerro ao cocho, otimizando seu desempenho na fase de terminação.
Intensificar na recria resultará em um rebanho mais pesado, uniforme e resistente, sustentando os ganhos obtidos na cria.
A recria intensiva a pasto (RIP) reduz o período dedicado à fase tida como uma das mais longas do ciclo, aumentando a rentabilidade do sistema, reduzindo o custo de permanência do bovino na fazenda.
Pecuaristas que já praticam técnicas bem difundidas como a terminação intensiva a pasto (TIP), estão investindo na intensificação das fases que a precedem, uma vez que a associação dos métodos garante resultados contínuos e encurtamento do ciclo produtivo.
Programas de incentivo às boas práticas pecuárias
A iniciativa de disseminar informação e levar apoio técnico aos produtores tem fomentado a cadeia, elevando a competitividade da pecuária brasileira.
Projetos como “PEC – Programa de Eficiência de Carcaça”, criado no ano de 2019 em uma parceria entre a Minerva Foods, Phibro Animal Health e Biogenésis Bagó têm globalizado a cadeia produtiva, conectando produtor, indústria e consumidor.
O objetivo é alinhar o padrão da indústria frigorífica às exigências do mercado, instruindo o pecuarista a aperfeiçoar cada vez mais sua produção e melhorar sua rentabilidade.
A aplicabilidade da metodologia do PEC tem surtido bons resultados a cada ano, com a participação dos produtores implementando boas práticas na criação e tecnificação no campo, resultando em mais eficiência e qualidade.
Essa iniciativa agrega valor à cadeia como um todo, atendendo a demanda de diferentes mercados. O programa ganhou força e, em sua última edição (2022), abrangeu cerca de 1.314 inscrições de pecuaristas parceiros e um milhão de bovinos abatidos.
Consequência da sua singularidade, que oferece soluções baseadas em dados e zela pela particularidade de cada sistema de produção, visando uma pecuária cada vez maior e melhor.
Com as conquistas até o momento, a expectativa é expandir o programa, impactando um número cada vez maior de parceiros, afinal, quanto melhor é o trabalho deles, melhor é a atividade da indústria e todos ganham com isso.
Lembrando que a edição de 2023 já começou e você pode se inscrever acessando www.minervafoods.com/pec/. Para acompanhar todos os conteúdos e novidades do programa, fique de olho no Instagram do @lacodeconfianca.