Maior disponibilidade de mão de obra é um diferencial da região
Responsável atualmente por 40% do comércio global de carne bovina , a América do Sul deve avançar mais 10 pontos percentuais em cinco anos, passando para 50%, estimou nesta terça-feira (28/11) o CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz. A companhia é o maior frigorífico exportador da proteína no continente.
“50% do trade mundial vai estar na nossa mão em menos de cinco anos, o mercado hoje é 40%”, disse o executivo sobre a América do Sul durante o Minerva Day.
Segundo ele, além da competitividade e ampla oferta de gado, um grande diferencial da região é a maior disponibilidade de mão de obra em relação à América do Norte, por exemplo, para atuar na indústria.
“Não vai mudar a disponibilidade de mão de obra no Hemisfério Norte. É muito mais barato e competitivo cumprir (mão de obra) na América do Sul do que na América do Norte”, enfatizou.
O sócio da consultoria MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, ressaltou que uma característica relevante da América do Sul é a elasticidade de oferta de gado, em resposta aos avanços tecnológicos da pecuária.
“O sistema é extremamente dinâmico, a gente está produzindo mais bezerros com o mesmo número de fêmeas. Nós ainda nem sabemos qual é o tamanho desse ganho de produtividade como resultado da genética, da fertilização”, disse o especialista durante o evento.
Neste cenário, o CEO da Minerva acredita que a companhia é a mais diversificada, “no melhor lugar do planeta para produzir carne bovina “, o que vai em linha com a estratégia vista na recente aquisição de 16 unidades da Marfrig, pela Minerva, com o intuito de expandir a atuação no continente.
“Tivemos três momentos transformacionais, um foi quando compramos ativos de bovinos da BRF; outro foi a aquisição dos ativos da JBS, em 2017, que permitiu que a consistente estratégia de diversificação geográfica; e agora da Marfrig, que nos consolidam como player da América do Sul”, afirmou Queiroz.
Fonte: Globo Rural.