Segundo a Forbes, a Minerva Foods está entre as melhores empresas do agronegócio no Brasil. Confira a matéria completa abaixo.
A maior exportadora de gado vivo do continente encerrou 2017 expandindo seu império
Barretos, no interior de São Paulo, é famosa pela Festa do Peão de Boiadeiro, o maior festival de rodeio e música sertaneja do país. Mas, em 1992, a cidade foi palco de outro grande acontecimento: lá, a família Vilela de Queiroz comprou do Frigorífico Minerva do Brasil S.A., sua primeira unidade de abate e processamento. No mesmo ano, a companhia constituiu a Indústria e Comércio de Carnes Minerva Ltda., inaugurando um capítulo vital de uma história que começou em 1957, quando deram início à criação de gado e prestação de serviços de logística para transporte dos animais das fazendas para os abatedouros.
Hoje, a maior exportadora de gado vivo do país consolida um momento brilhante no mundo do agronegócio – e isso é traduzido em números, com uma receita líquida de R$ 12,1 bilhões em 2017 (26,5% acima de 2016, quando a renda foi de R$ 9 bilhões). Só no quarto trimestre do ano passado, o crescimento (R$ 3,96 bilhões) em relação ao mesmo período de 2016 foi de 55,1%, recorde histórico para o período de um trimestre. A empresa, que também atua no ramo de alimentos industrializados, tem presença em mais de 100 países, contando com 26 unidades de abate de bovinos espalhadas no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia.
A ascensão da Minerva na exportação de carne bovina não aconteceu por acaso: em julho de 2017 ela adquiriu a JBS Mercosul no Paraguai, Uruguai e Argentina, aumentando sua capacidade de abate em 52% – ou 26.300 cabeças ao dia. Foram nove unidades frigoríficas (cinco na Argentina, três no Paraguai e uma no Uruguai), além de um centro de distribuição e uma unidade de processados, também na Argentina , em um negócio de US$ 300 milhões que rendeu um aumento de 22% nas exportações da América do Sul nos últimos cinco meses do ano. Com mais poderio, foi possível arbitrar seu modelo de produção e tornar-se mais resiliente às sazonalidades e volatilidades do mercado. Segundo Fernando Galletti de Queiroz, presidente da Minerva Foods, esse salto representou muito para a companhia. “Após a conclusão dessa aquisição, as operações brasileiras da Minerva passaram a representar 45% da capacidade total da companhia, enquanto 21% estão no Paraguai, 19% na Argentina, 12% no Uruguai e 3% na Colômbia. Podemos afirmar que, atualmente, somos uma empresa sul-americana com mais da metade da nossa capacidade produtiva localizada fora do Brasil. E que temos um dos parques industriais mais modernos e diversificados da região, com os melhores indicadores operacionais do setor”, afirma o CEO.
Os resultados foram sentidos rapidamente, com o aumento de volume das exportações paraguaias (participação de mercado acima de 40%) no segundo semestre de 2017 e alta de 7% do volume de produtos processados da marca Swift, proveniente da Argentina, no segundo semestre do ano sobre o mesmo período de 2016. Uma resposta tão rápida nas aquisições se dá, segundo a própria empresa, pela implementação do “Modelo Minerva”, que consiste no emprego de programas de eficiência operacional, comercial e de padronização de processos, embasado em pilares de gestão de risco praticados pela administração ao longo dos últimos anos em todas as unidades de negócio – o que pode garantir, no futuro, mais vantagens competitivas em um mercado que não para de crescer.
Como é fácil perceber, uma das estratégias mais fortes da Minerva é o investimento na expansão de sua capacidade produtiva e na diversificação da oferta de produtos graças às aquisições realizadas em grande parte da América do Sul. Desde 2007, mais de R$ 1,8 bilhão já foi investido com esse propósito. Mitigar riscos e diversificar o portfólio são palavras de ordem em Barretos – e também nos escritórios e centros de distribuição da empresa espalhados pelo mundo.