Em 2021, um estudo realizado com uma consultoria especializada ajudou a definir o plano de descarbonização. O levantamento avaliou as emissões da Minerva Foods para os escopos 1 e 2 nos últimos anos, o perfil de emissões do setor de produção de proteínas e desenhou cenários de emissões considerando as perspectivas operacionais e estratégicas da Companhia, tendo como base metodologias reconhecidas internacionalmente. Como resultado, a Companhia obteve por meio de uma Curva MAC (Marginal Abatement Cost Curve – Curva de Custo Marginal de Abatimento) um indicativo dos projetos mais eficientes em termos de custo por abatimento de emissões para priorização nos próximos anos.
A lista de projetos a serem implementados, com impacto nas emissões de escopo 1, contemplam, entre outros, a modernização e troca de tecnologia das Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) e a troca de combustíveis utilizados nas caldeiras nas operações da Argentina e Colômbia. Ademais, é importante mencionar que o aumento das emissões entre 2020 e 2021 se deve a melhoria na acurácia dos dados e ao retorno das operações de algumas unidades após a pandemia do Covid-19.
Toda a energia elétrica que abastece as operações da Minerva Foods é de fonte renovável, com Certificados de Energia Renovável, os I-RECs, garantindo a rastreabilidade. No Brasil, foram adquiridos certificados de energia eólica; nos demais países da América do Sul, certificados de energia hidrelétrica. No Paraguai, não há certificados porque toda a energia consumida já é de fonte renovável. Dessa forma, além de zerar as emissões de escopo 2 da aquisição de energia elétrica, a Companhia fomenta o mercado de energia gerada a partir de fontes renováveis e com alto desempenho. Também é a primeira empresa do Brasil a obter o Selo de Energia Renovável, emitido pelo Instituto Totum em parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e a Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel) , que assegura, além da origem renovável, que as usinas geradoras também adotam práticas diferenciadas nos aspectos sociais e de relacionamento com as comunidades.
Quanto às emissões de GEE de escopo 3, oriundas da cadeia de valor e sob as quais temos responsabilidade indireta, em 2021, iniciamos o monitoramento de novas fontes de emissões relevantes para nosso negócio: ‘1 – Bens e serviços comprados’ (gado e búfalos adquiridos), ‘4 – Transporte e distribuição – upstream’, ‘5 – Resíduos gerados nas operações’, ‘6 – Viagens a negócios’ e ‘7 – Deslocamento de funcionários casa-trabalho’. Não obstante, o aumento da quantidade de emissões entre 2020 e 2021 foi devido a inclusão dessas novas fontes. Ao final do ano, iniciamos também novo estudo, dessa vez para determinar o plano de descarbonização focado nas emissões de escopo 3. A previsão de finalização é no primeiro semestre de 2022 e a expectativa é que os resultados nos apoiem no atingimento da meta de neutralidade de emissões até 2035.